Existem dois grandes fatos sobre mim que evito ao máximo comentar:
O primeiro, é que moro de frente a um desses grandes e populares parques da
cidade de São Paulo e que em 9 anos de “casa”, o frequentei umas 8 vezes, no
máximo (a vista é mais bonita de dentro do carro, juro!). O outro – que é quase
um segredo – é que sou uma fisioterapeuta que não gosta de atividade física. Sabe
aquele amiguinho do colégio que tinha vários problemas cardíacos e que não
conseguia participar de nenhuma aula de educação física? Então, esse amiguinho
sou eu. Só que sem os problemas cardíacos...
(...)
- Evelin, disse pausadamente o oncologista enquanto repousava
a caneta em meu prontuário de evolução médica, preciso que preste muita atenção
nisso que vou lhe falar, está bem? O câncer... Ele é o menor dos seus problemas
nesse momento!
E assim, voltei para casa com novos tratamentos e pontos de
vista, e confesso que passei o resto do dia tentado encaixar essa nova informação
de forma um pouco mais didática dentro da minha cabeça pensante.
Nesse mês de dezembro, meu diagnostico e eu completamos 2
anos de um relacionamento repleto de altos e baixos. E assim, dentro dessa
comparação meio sem pé nem cabeça, nasceu aqui dentro uma palavra que vai um
pouquinho além de força, fé, resiliência e coragem. Ela se chama: Convivência!
Um diabético também requer uma atenção “eterna”, assim como
um paciente oncológico. Também encontram-se no “saquinho dos cuidados” os cardíacos
e os hipertensos, por exemplo... Mas por que diabos colocamos tantos e tantos olhos
e freios quando o assunto é o câncer e a sua manutenção?
De maneira bem simples, vejam só que bacana: essa questão se
tornou a razão de um novo blog! E ele me ajudará a descobrir de forma prática e
bem humorada essa questão pessoal de convivência com o quase pós-diagnóstico.
Se você, companheiro ou companheira de universo oncológico, já
chegou nessa questão e iniciou o seu manual prático de manutenção diária ao
diagnóstico: Parabéns pela força! E por favor, me de algum raio de dica. Até
agora, só parei com o refrigerante...
É dona moça... parar com o refrigerante é um bom começo :D
ResponderExcluirObrigada, Samy!
ExcluirO bom disso tudo é que as melhores amigas sempre ficam por perto, nos puxando de vez em quando as orelhas...
Amo você :)
Você tem razão. A palavra câncer carrega um temor quase sobrenatural, mas na verdade não é apenas o paciente oncológico que precisa de manutenção e atenção por toda a vida.
ResponderExcluirEu não tenho câncer, mas já passei pela perda da minha mãe e da minha avó, as duas da mesma maneira, com câncer no intestino. Isso significa que, devido à herança genética, eu preciso de manutenção por toda a vida. A gente tem que conviver com isso como convive com impostos, políticos desonestos e violência. É mais uma coisa a lidar...
Não sei se é uma dica, mas pelo que observei com o que vivi perto do câncer, acho que posso te dizer para ser feliz e viver plenamente, sem guardar rancor e mágoas. Elas fazem mais mal que o refrigerante, pode crer.
Você é linda! Te admiro muiiiiiiito! <3
ResponderExcluirAhhhhh, Fabi! Você sim é linda :)
ExcluirObrigada por tudo...
Querida precisamos ter a consciência que adotar hábitos saudáveis aumenta nossa longevidade e com certeza afasta a recidiva do câncer. O problema é como adotar os tais hábitos? Tenho lido muito e o importante é procurar algo q nos dê prazer. Eu estou fazendo pilates ja q não gosto de academia. E agora vou iniciar exercícios aeróbicos além de me consultar com uma nutricionista para reeducação alimentar. É o início de uma nova vida né? #desanimanao bjsssss
ResponderExcluirQuerida Evelin, estou na fase da manutenção e confesso: assustada. Vou tentar voltar ao crudivorismo, hábito alimentar que me fez muito bem no tempo das quimios. Atividade física tb precisa constar da lista de compromissos, mas ainda não consegui me ajustar a uma em que as artroses se acomodem. Mas primordial é SER FELIZ, viver a vida amando-a, desfrutá-la ao lado da família dos amigos, amar o próximo, e isso vc já faz! bjs.
ResponderExcluirEvelin, parabéns pelo novo blog!!!coloca aquele quadrinho pra seguidores!!;-)
ResponderExcluirAi Sabe que mudei mto depois do diagnóstico... Tanto a parte emocional ( que foi super fortalecida) e tb quanto a preocupação com saúde...estava bem acima do peso , depois do tratamento, comecei exercicios leves ( menos do que preciso , mas mais do que faria antes ) dieta antioxidante com a nutricionista... diminui muito o consumo de alimentos industrializados, e comecei agora a tomar um ativo das crucíferas, chamado Indol 3 Carbinol ( Há várias pesquisas sobre ele na prevenção ao ca de mama)...Quero muito ficar o mais saudável possivel... meus exames estão ótimos e estou mto feliz ...
Menina Evelyn, posso te chamar assim , pois minha filha é mais velha que vc alguns anos , kkkk, mais como eu sempre digo, Se Deus quisesse que eu morresse , teria me dado um infarto fulminante !!!
ResponderExcluirEsta aki a mais preguiçosa das mulheres e depois de ler oq vc escreveu , acho , e digo apenas acho, que vou começar a fazer caminhadas, o cancer passou pela minha vida e depende de mim deixa-lo ficar !!
Não , ele não vai ficar !!!
Beijos e força nesta nova caminhada de vida !!!!
Evelyn,
ResponderExcluirVocê escreve muito bem, Parabéns!
Concordo com tudo que você relatou e por isso dou muito valor ao homem que tenho ao meu lado. Acompanhou todo o meu tratamento e esteve presente em TODAS as sessões de quimio. Esse é meu Companheiro, antes namorado, agora noivo e em breve meu marido.
Não se deixe levar por menos do que merece mesmo, existem homens maravilhosos, que irão te dar mais valor ainda por ter enfrentado o câncer.
Bjos =)